Ah, como se foi
Bem como se deu
Nostálgico que dói
O tempo quem perdeu
A chance de me ouvir
Tanto a dizer
Pare de me olhar,
Não gosto que me veja chorar
Ah, como se foi
Bem como se deu
Nostálgico que dói
O tempo quem perdeu
A chance de me ouvir
Tanto a dizer
Pare de me olhar,
Não gosto que veja...
Canto frágil, onde eu me encontro
Faço tudo pra limpar
O meu ledo desengano
O encanto vira poeira no ar
Cheguei onde quero, até quando?
Há de o olho ter direito até de acordar
Cheguei onde quero, até quando?
Há de o olho ter direito até de acordar
Ah, como se foi
Bem como se deu
Nostálgico que dói
O tempo quem perdeu
A chance de me ouvir
Tanto a dizer
Pare de me olhar,
Não gosto que veja...
Canto frágil, onde eu me encontro
Faço tudo pra limpar
O meu ledo desengano
O encanto vira poeira no ar
Cheguei onde quero, até quando?
Há de o olho ter direito até de acordar
Cheguei onde quero, até quando?
Há de o olho ter direito até de acordar
Ah, como se foi
Bem como se deu
Nostálgico que dói
O tempo quem perdeu
A chance de me ouvir
Tanto a dizer
Pare de me olhar,
Não gosto que me veja chorar.
Desnudo cinismo
Subo ao bote, fujo ao abrigo
E o sol, difuso ao horizonte
Cantam aos montes, passarinhos
Gorjeio um aviso
Mas não se preocupe,
Estou bem aqui
Se perdido o tino
Não abra mão dos valores
Se muito ar, já posso sentir
Música, música
Não me abandones
Posso confiar de dedinho?
É um busco infinito,
Sem nem mesmo cansar.
Mais cara é a ética
Quanto mais certo for o errado
E a máscara poética
Se na ponta a seta
Este é o meu lado
E eu, que me bloqueei de tudo
Ao encontrar você, eu conheci o mundo
Amar bem como ajo
Amo bem como mato e morro
Devoto ao ato inato de amar, meu amor
E o vento litoral penteia seus cachos
E eu, sintomático
Prossigo descompassado
Vou rumo ao coda, sem ponto final
E eu, que me bloqueei de tudo
Ao encontrar você, eu conheci o mundo
Amar bem como hajo
Amo bem como mato e morro
Devoto ao ato inato de amar, meu amor.
A carne veio mal passada e eu comi
Mal expurgando demônios
Direto pro ralo
Ó lá o raio, tome cuidado
Se tem mulher, tem homem
E onde tem bagunça, o Paulo
A casa toda bagunçada e eu dormi
Um furo grande nos sonhos
Direto pro ralo
Ó lá o raio, tome cuidado
Escuta aqui:
Volta pra base,
Você precisa saber o que pra sempre vale
Há algo perdido aí dentro
Uma força incrível, tamanha
Direto pro ralo
Ó lá o raio, tome cuidado
Que você quer, é fato
E onde tem mudança, o Paulo
A romper as amarras separando você do seu sonho
E mesmo que dormindo, estranho
Estou intensamente vivo
Viver é algo insano
Daqui em diante
Santo, mais humano
(Sobre quem sou no passado, serei no presente, e fui no futuro).
DESCE SECO NA VIA SANGUÍNEA
Existir é plantar
Existir é partir
Existir é vigiar e punir
É coexistir
Digo isso porque é impossível o movimento de contrários não admitir
E no caminhar lento, subindo o calvário
Perceber a realidade do mundo
E ainda assim, redimir
Anáfora que compõe pequenas peças da rotina
É vida que aflora em meio a ervas daninhas
Existir é vigiar
Existir é punir
E cada vida importa.
Mal vejo a hora
Chego em casa, beijo Turquesa e Amora
Minha gente cantando até altas horas
Abra a porta, não tenha medo
O bicho que assombra
Quem teme a tarefa de fazer sentir
E cada vida importa
E toda mentira que é propagada
Cada notícia bem calculada
Toda bituca arremessada
Peça de roupa que mal lavada
O existir
E eu sei que distraído ei vencer
Mas anseio algo difícil de escrever
Mal vejo a hora
Chego em casa, beijo Turquesa e Amora
Minha gente cantando até altas horas
Temos as velhas maneiras
Andemos com mãos bem dadas, velhos santos
Pois a cada fim, inócuo
Encontramos um modo de, enfim, seguir perguntando
E cada vida importa
E eu sei que distraído ei vencer
Mas anseio algo difícil de escrever
O existir.
No olhar incansável descompasso o assombroso existir
Quando acostumamo-nos a simplesmente não sentir?
Nas guitarras: Cubas, Alê
Piano e voz: eu, Paulo
No coro, o triunfante Caméllias Brancas
Obrigado a todos pelo espaço
Foi um prazer tê-los aqui
E lá vai mais um trem
Seu som me transita
Quem vai, nunca vem
Me visitar, me visitar
No olhar incansável descompasso o assombroso existir
Quando acostumamo-nos a simplesmente seguir?
E enquanto subo a Brigadeiro
Quanta alma sobe
Para o além, e consigo também sonhar
E passa uma nuvem
Seu tom segue cinza
O sol no cruza o norte
A lembrar, me relembrar
É tempo de compreender
O deslumbre do nascer
Pois dará o dia de se lembrar
O costume de acabar.
Movo-me rápido, sou instantâneo
Não passo sequer um segundo
Refletindo onde estar
Viajo no tempo
No pensamento, me perco
Ansiando o único momento
Onde poderei te amar
Amor, quem me acolhe agora?
Sempre imaginei que fosse em tua calma braçada, entre abraços,
O orgasmo. Mas de sexo não insinuo;
Digo sim: banho de vida —
Um copioso choro em teu colo;
Porque isto é o que sempre senti que fosse a verdadeira necessidade:
Desabafar, conduzir a tristeza cristalina para fora.
Temos o mundo a percorrer agora, e que o universo trate de tornar eterno nossos dois nomes
Dance comigo, se arrume para mim
Não segures mais o coração
A vida fará questão de encaixar cada peça
Segundo sua natureza...
Reconheço, tenho milhares de problemas
Mesmo assim os exponho na prateleira
Não tenho medo mais de amar
Amor, sentimento tão cínico
Nunca me fez parar
Nunca sequer me faria calar
A voz que ecoa agora
Escuta:
Dance comigo, se arrume para mim
Não segures mais o coração
A vida fará questão de encaixar cada peça
Segundo sua natureza,
Em seu devido lugar
Vamos nos banhar
Descer esta cachoeira
Nada nos resta
Além de aproveitar
Nossa única chance
Não há vida além desta
Dance comigo...
Meu amor, por favor
Eu sei que a gente não é só dor
Eu sei que comprometeu
E eu sei que doeu mas por favor
Eu tô aqui agora com você
Com você
Eu quero ser sua
Mas eu sou o Sol, você a Lua
Como o pequeno cidadão
Ninguém ouve o próprio coração
Pode me dar sua mão
Às vezes sem ti não é em vão
Eu sei o que você passou
Ainda eu nem sei quem sou
Ser sua?
Eu sou o Sol, você a Lua
Como o pequeno cidadão
Ninguém ouve o próprio coração.
Eu sei o que você passou
E ainda eu nem sei quem sou
Eu sei o que você passou
E ainda eu nem sei quem sou
Vindo de você
Pra alguém tão pouco exigente
Nunca me sinto suficiente
O que tão pouco surpreende
Vindo de você
Dizem que era pra acontecer
Mas essa eu paguei pra ver, paguei pra ver
Talvez eu deveria acontecer
Me amar sem você
Meu amor, por favor
Eu sei que a gente não é só dor
Eu sei que comprometeu
E eu sei que doeu mas por favor
Eu tô aqui agora
Meu amor, por favor
(Pra alguém tão pouco exigente)
Eu sei que a gente não é só dor
(Nunca me sinto o suficiente)
(Dizem que era pra acontecer)
(Dizem que era pra acontecer)
Eu sei que comprometeu
(Mas essa eu paguei pra ver)
E eu sei que doeu mas por favor
(Talvez, eu deveria acontecer)
Eu tô aqui agora
Com você
Como o Sol ilumina a Lua
Assim serei com você.